Ao entrar em
contacto com diversos métodos, principalmente sugeridos no contexto académico,
parece ser impossível gerar uma solução funcional (simbólica, estética e
prática) em um único dia, ou em algumas horas. Nota que não me refiro a
soluções genuínas e híper disruptivas, mas a soluções funcionais.
Apesar do método
projectual não ser completamente linear na sua execução prática, vale a pena
conhecer a sua estrutura básica. Para tal, o artigo é dividido em pequenos
parágrafos abordando as 4 etapas básicas.
Um artigo breve, sem ser um vídeo tutorial de 42 minutos com o título “como cortar papel em 2 minutos”
1. Definição de Problema
Sendo a primeira etapa, tem o seu início com a solicitação do projecto pelo cliente ou quando se identifica um problema. Nesta fase é importante definir o objectivo do projecto, o prazo e os dados necessários para a concretização do mesmo. É pertinente questionar-se: o que? Quando? Como? Onde? e porquê?
2. Recolha e Análise de Dados
3. Geração de Alternativas
Figura 3: Geração de Alternativas
Fonte: o autor
Fonte: o autor
Talvez seja
a fase mais empolgante de todas (: risos), nesta etapa procura-se gerar o maior
número de alternativas possíveis para solucionar o projecto, é onde a intuição
e a razão dançam, e a imaginação decola originando ideias uteis e, logicamente
algumas bem “arearias”.
Embora ainda prefira o papel e lápis como ferramentas auxiliares nesta etapa, actualmente, com a integração de ferramentas de inteligência artificial é possível gerar várias alternativas em menos tempo.
4. Prototipagem, Testes e Correções
Esta
fase toma o seu início com a seleção da alternativa que melhor corresponda aos
requisitos estabelecidos na primeira etapa.
Dependendo da natureza do projecto, orçamento, e o cronograma do projeto o nível de fidelidade do protótipo pode variar de baixo a alto (dedicaremos um artigo para abordar profundamente essa temática).
Figura 5: Nível de Fidelidade de um Protótipo Fonte: o autor |
Após o
término da elaboração do protótipo é hora de testar e fazer as devidas
correções, caso seja necessário.
Terminadas as correções, verificações, e as sucessivas revisões, o projecto pode ser entregue ou publicado. É nesta fase que pode se evitar o penoso episódio do livro da 6ª classe (em que foram descobertos erros depois dos seus exemplares terem sidos distribuídos aos alunos).
Conclusão
Independente de quanto tempo levemos para solucionar um problema e entregar a solução, o cérebro humano passará por todas as 4 etapas de projecto, “por vezes não rabisco, contudo passam pela mente diversas ideias, descarto algumas e materializo a que parece funcionar” Como qualquer e outra forma metodológica, estas etapas não são lineares “dê voltas se necessário”, o ideal é que não se perca de vista a noção da etapa de projecto. Por estar dividido em etapas permite controlar o tempo que se pode levar em cada uma das etapas.
2 Comentários
Muito bem. 👏🏾 É interessante que mesmo na “criatividade” há uma organização e um processo.
ResponderEliminarAcrescento que este processo pode levar diversos títulos como “etapas projectuais, metodologia criativa ou projectual” e outros do gênero. E é interessante que serve para maioria (senão todos) tipos de projectos, dos criativos aos executivos, variando consoante as suas especificidades mas em geral, para um bom resultado criativo é melhor ter em conta este processo por si descrito para melhor gestão do tempo, recursos, e satisfação do cliente ou destinatário do projecto.
Estou sem palavras
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