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O que a marca Peugeot nos ensina sobre consistência

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Tratando-se de um tópico extenso e com vários desdobramentos, com vista a obter o máximo daquilo que o título promete satisfazer, em poucos detalhes que considero essencial, vou buscar focar-me mais naquilo que conhecemos como identidade visual e suas articulações quando se trata de marcas fortes. Entretanto, um dos motivos que desencadeou a necessidade de escrever este artigo é o sentimento pessoal que carrego comigo em relação a atenção e o cuidado do estúdio Stellantis no rebrand actual da marca Peugeot.

Após a experiência que tive trabalhando como gestor de Marketing na Caetano Moçambique, onde tive o privilégio de aprender e desenvolver habilidades em trabalhar com marcas globais como é o caso de Volkswagen, Renault e Peugeot ao lado de uma equipe incrível, desenvolvi um gosto peculiar pelos detalhes que influenciam na construção de marcas consistentes.

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Sabemos que as marcas (que possuem uma identidade visual), têm aquilo a que se chama Manual de identidade visual. Praticamente, este manual de identidade visual serve como guia para estabelecer uma linguagem gráfica e estratégica consistente. Algumas das licções que aprendi sobre a importância deste manual é que ele não é criado simplesmente por se tratar de um elemento entregável, de qualquer identidade visual e sim por ser um mapa sólido e universalmente compreensível sobre a visão de, pelo menos, 5 a 10 anos de determinadas marcas.

Através de um estudo minucioso sobre a linguagem gráfica e estratégica de comunicação (aqui singe-mo-nos ao visual), pude identificar  algo interessante sobre a Peugeot, isto foi quando, com um colega, colocamo-nos em um Peugeot 3008 em missão de trabalho e curioso que sou, comecei a identificar algo que já me era familiar à marca: o sistema de Lettering.

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Desde o i-Cockpit, ecrã, assinatura Peugeot e qualquer outro detalhe que precisasse de letra para existir, lá estava, tinha um único estilo tipográfico. E isso me fez pensar na decisão que os Headers consideram quando se trata de investimento, ou melhor, considerando que a Peugeot é uma marca com várias linhas e de diferentes modelos de viaturas, possuir um sistema de letras próprias, para além de as ajudar a se posicionar como exclusivo, economiza o capital de investimento no pagamento de licença de conjunto de letras (aí já não seriam exclusivos) e para não falar do facto do asset que se chama tipografia ser um software e, no mercado, possuir um determinado valor e mesmo se tratando de intangible asset, conta como activo da marca e contribui significativamente para o capital social da empresa. 

E ainda mais. Não obstante a região e a língua em que se comercializa viaturas da marca Peugeot, o manual de identidade visual carrega consigo directrizes que, para além de dinamizarem o trabalho de quem opera, já pré-estabelece o seu comportamento visual em diferentes suportes com vista a não deturpar a marca e conseguir passar a vibe prestige e exclusive que ela tem. 

Um facto interessante sobre a marca é a preocupação contínua em pesquisas sobre tendências, tecnologias e comportamento das pessoas que o estúdio de Design tem como preocupação para garantir uma actualização constante da identidade visual e garantir um crescimento sem mudança brusca da marca.

E para si, qual é a marca que nos pode ensinar sobre consistência?

Credito das imagens
  • Stellantis Design Studio

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1 Comentários

  1. Incrível!
    O Itaú é uma das marcas que eu acho que é consistente

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