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A moçambicana seleccionada para Mostra de Artistas PROCULTURA em Angola

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Francisca Mirine, bailarina, coreógrafa e acrobata moçambicana, foi seleccionada para apresentar a peça coreográfica “Wansati” em Luanda, Angola, na sessão de Mostra de Artistas PROCULTURA no mesmo país, que este ano vai decorrer de 27 a 30 de Maio. 

Nwansati, que em português quer dizer “mulher”, é um projecto procriado e coreografado em parceria com Edna Jaime, performer e coreógrafa moçambicana, filmado por Ivan Barros, videomaker moçambicamo, e apoaido pela KhaniKhedi Soluções Artísticas. 

A peça é apresentada em dois momentos, concretamente a dança por Franscisa Mirine, antecedida pela mostra audiovisual, em que Mirine é protagonista principal e faz alusão aos desafios do dia-a-dia de mulheres e mães bailarinas. 

A narrativa da película gira em torno de uma bailarina que faz movimentos do seu ofício com a sua filha nas costas e, mais tarde, deixa-a e segue ao palco, o que significa que, conforme contou-nos “os nosssos filhos não nos impedem de continuar a fazer a nossa arte, a seguir os nossos sonhos e, no geral, aquilo que nós somos” e ainda reconheceu que “hoje em dia é difícil dar parto e voltar a dançar por questões muitas vezes conjugais, mas temos que ser nós mesmas as primeiras a insistir e a dar importância ao que fazemos”. 

Ao longo da conversa com a Design Informa, Franscisca Mirine, não escondeu sua alegria e chegou a confessar que “é sempre bom se juntar a outros artistas e explorar novos ambientes, isto vai nos fazer melhorar e crescer”. 

A Mostra de Artistas PROCULTURA em Angola está inserida no programa de apoio à mobiliddae de artistas dos PALOP e Timor-Leste, uma acção financiada pela União Europeia, confinanciada pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Camões, I.P que também faz a gestão.

Sobre Francisca Mirine, também conhecida por Chica, conta com colaborações com vários coreógrafos moçambicanos. Apresentou seus trabalhos em vários espaços do país e, nos últimos anos viaja pelo mundo para representar Moçambique. 

Além da viagem à Angola, que se avizinha, fez parte da sessão de Mostra de Artistas PROCULTURA em Cabo Verde. De salientar que, sua primeira viagem internacional, no seu percurso na dança de cerca de 10 anos, foi através do projecto Umodja, que anualmente recrutava artistas para apresentação dos seus trabalhos em vários países africanos, e permitiu Francisca conhecer melhor a cena da dança e fazer vários intercâmbios. Sem esquecer da Associação Cultural Mono que ofereceu-lhe uma bolsa de estudos em dança na Noruega durante 11 meses, de onde saiu munida de conhecimentos, técnicas e várias dimensões da dança clássica, que lhe servem muito bem actualmente. De lá para cá Franscisca Mirine nunca mais parou.

Imagem: Mariano Silva

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