
Camila Torres é uma jovem moçambicana que desde cedo se identifica e se expressa através de artes plásticas. Torres não consegue identificar o momento exacto em que a arte plástica começou a fazer parte da sua vida como se de algo natural se tratasse.
Residente na cidade de Maputo, Torres decidiu formar-se no campo das artes, tendo em 2020 ingressado para a Escola Nacional de Artes Visuais (ENAV). Foi nessa altura que o contacto com o mundo da arte desencadeou nela a certeza do seu caminho rumo à construção da sua carreira, isto porque o ambiente a possibilitou conhecer e experimentar as diversas técnicas e diferentes formas de expressão artística.

Camila Torres sempre foi fascinada por todo tipo de actividade artística, tendo, a colecção colectiva, na sede do BCI, intensificado o fascínio e marcado a sua estreia no mundo artístico ao lado dos seus colegas.
Após a conclusão da sua formação na ENAV, com 21 anos de idade, Torres decide aplicar a vaga para o Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), com o objectivo de continuar os seus estudos, mas desta vez na área do Design.
Embora Camila Torres acredita que se possa viver de artes plástica, porque segundo ela, “existem pessoas que apreciam e se interessam em adquirir as minhas obras”, tendo acrescentado que mesmo diante dessa luz não se vê a obter a sua renda exclusivamente através das artes e por esse motivo que escolheu uma área mais próxima, o Design.
No corrente ano ela conquistou um dos marcos importantes para a sua carreira ao vencer em primeiro lugar no concurso do Baia Mall, realizado em celebração ao sétimo aniversário do espaço. Esse concurso teve como tema “Preservação Animal e a Biodiversidade”. Para Torres essa vitória reforçou o seu compromisso com a arte.

Neste mês de Setembro, Torres recebeu o convite da galeria para expor as suas obras tendo também se tornado um evento marcante na sua carreira. Das obras expostas, várias foram representações desencadeadas pela necessidade de expressar o que não foi alcançado pelos jovens, ainda. Para Torres é um prazer sempre contar com pessoas que buscam contemplar as suas obras e não precisam necessariamente compreender o que está lá representado, a vontade e o esforço de interagir com a obra é já suficiente para a deixar feliz, pois a arte, mesmo a estática, tem o poder de tocar, quando muito mover a ressonância interior das pessoas.
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