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A ambição que levou Mário da Dança às Artes Visuais

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Foi na dança, por influência do ambiente social em que passou sua infância, onde Mário Cumbana, hoje reconhecido videomaker e fotógrafo moçambicano, teve o primeiro contacto com a arte ou, melhor dizendo, “começou como bailarino”. É natural da província de Inhambane e seguiu para Maputo, na altura, para terminar seus estudos. E é na capital moçambicana onde começa a traçar sua própria história.

Despertou seu interesse pela fotografia e vídeo quando se dedicava à construção de suas primeiras obras de arte em papelão e em outros suportes aos quais tinha acesso. A partir daí, dedicou-se aos estudos em arte. É licenciado em Design de Comunicação, no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC). Tem formação em Artes Visuais e Têxteis pela Escola Nacional de Artes Visuais, além de outras em cinema e fotografia.

Num artigo escrito por Leonel Matusse, Mário Cumbana revelou que teve de deixar a docência em Artes Visuais para seguir a paixão pelo vídeo e pela fotografia, o que ressalta a necessidade de, em algumas fases da vida, esquecer o resto para correr em busca de uma realização pessoal e profissional.

As fotografias de Mário Cumbana, diga-se “artísticas”, demonstram sua criatividade em identificar aspectos menos óbvios em pontos comuns, proporcionando uma nova visão. Além de documentar locais, traz gente e histórias que nos descrevem.

Mário é responsável pela realização e edição de “Gran’Mah sound” da banda Gran’Mah; “DNA” de Flávia Coelho, cantora brasileira; “Mozambique” de Selma Uamusse, cantora moçambicana. É, igualmente, realizador do vídeo sobre o aniversário da independência da Argentina, sem esquecer tantos outros trabalhos institucionais nacionais. Tem colaborações em projectos culturais e com artistas de várias disciplinas.

Da dança, tem muitas recordações, até porque em 2013, fruto de sua dedicação nesta manifestação artística, foi consagrado campeão de “Open Queen Masenate – Lesotho”, um campeonato de dança desportiva. 


Para onde a determinação leva

E a ambição seguiu, Mário juntou-se a Ademar Chauque e juntos fundaram a Mac Creative Lines, uma empresa, para não dizer “estúdio”, que lhes permite expressar sua visão e criatividade ao mesmo passo que oferece um trabalho artístico e criativo, em formatos fotográficos e audiovisuais, de forma independente. 

As intervenções e criações artísticas do projecto de Mário e Ademar, nos últimos anos, realçam a riqueza que há na cultura moçambicana, mas o que nos faz escrever sobre isto é que a Mac Creative Lines chamou mais jovens criativos para se juntarem a si, o que impulsiona a economia local e, em parte, o desenvolvimento da arte no país. Mais uma vez, este é um exemplo de que é possível criar uma empresa próspera e sustentável na indústria das artes.

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