Manga Mulandi é um designer gráfico e artista visual com um estilo inconfundível e é apaixonado por contar histórias para marcas através de ilustrações com detalhes e traços inspirados em esculturas africanos. Manga explora o campo de padrões através dos experimentos constantes e partilha nas suas páginas.
No Mês de Agosto do ano corrente, Manga se dedicou no desenvolvimento de material de comunicação para Stella Artois. De referir que este é o segundo projecto por ele desenvolvido como proposta para a marca, tendo desenvolvido inicialmente o padrão a partir da estrela da marca. Porém, como nos contou, “desta vez surgiu uma vontade de levar este projecto para um outro extremo”, onde justificou que a sua motivação nasceu através do posicionamento da marca nas redes sociais.
Percebendo o lifestyle que a marca transmite, Manga viu essa perspectiva e buscou materializar através de ilustração. Basicamente, o interesse em desenvolver essa arte foi desencadeada também por iniciativas criadas pela marca Stella Artois sul africana que buscou, segundo Manga, três artistas com técnicas totalmente diferentes para responder a necessidade do concurso divulgado pela marca. A Stella Artois Moçambique também desenvolveu um concurso similar em 2022 denominado “Arte na Cálice”, concurso com baixo investimento comparado ao divulgado na África do Sul.
Manga acredita no potencial artístico nacional, daí que decidiu desenvolver algo que pudesse ser aplicado numa alta escala, tal como foi na África do Sul. Movido pelo interesse em apresentar algo fora do padrão do que vem sendo desenvolvido quase em todos países em que a marca encontra-se presente, Manga elaborou essa linhagem de ilustração em apenas duas semanas.
O processo criativo por detrás do resultado
Antes de partir para a prática, Manga começou por buscar compreender o comportamento da marca nas redes sociais, a articulação dos seus elementos nas activações de marca, o tipo de cenários que eram montados, e os elementos imprescindíveis que caracterizam a marca nesse tipo de activações. Tudo isso sempre em consideração paralela com os tipos de ilustrações geralmente desenvolvidas por outros artistas em outros países (tendo concluído que a maior segue um estilo minimalista).

E os elementos que eram sempre representados incluíam: cenário de convívio, pratos de comida e a bebida em si. Tendo sido todos esses elementos explorados para a idealização e ilustração do Moadboard, tendo considerado também a cálice, pela sua beleza, segundo Manga; a carica, a garrafa.
Onde tudo começa até a materialização
Bom, quem vê o resultado final pode, em algum momento, questionar-se sobre que elemento veio primeiro. Uma técnica que o Manga revelou para a nossa equipe é o facto de sempre começar com o elemento central da marca e para este caso foi a garrafa. Após a representação da garrafa, pôde iniciar a perspectivar cenários nos quais a garrafa faria parte, fluindo naturalmente.
E algo mais intrigante é a realização da sua motivação em “elevar o projecto”, como foi dito na introdução. Isto porque este projecto tinha sido pensado para caber em uma artboard para social media, tendo nascido depois a vontade de acrescentar pensado ainda na sua aplicação em murais. De frisar que tudo isso ainda é sobre na pré-visualização do projecto.

Tendo passado para a segunda fase que era a coloração dos strokes construídos. Através da sua pesquisa, encontrou no website oficial da marca os pantones para o seu uso. Contudo, nessa etapa ele se deparou com a dificuldade em encontrar cores secundárias para auxiliar no contraste, e mais uma vez foi possível obter através de referências de desenhos já feitos por uma busca rápida pela internet.
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