Todos os dias são oportunos para que alguém se reinvente, porém, nem sempre é fácil mudar do dia para noite e por esse motivo que consideramos o período de um mês como sendo tempo suficiente para que se faça uma reflexão, análise ou até considerarmos tempo suficiente para que se trace novos objetivos no mundo criativo. Sem contar que há deadlines no trabalho que por mais urgentes que se mostram ser, devido às idas e voltas entre os envolvidos, acabam sendo prolongados que chegam a ultrapassar 30 dias.
Entretanto, os criativos são seres que muitas vezes, não obstante a experiência no seu ofício, enfrentam constantemente a sensação de insegurança. Esse sentimento é plausível, pois o criativo que projecta e desenvolve algo busca responder a determinadas necessidades para além de querer agradar a si. E essa é a maravilha de quem trabalha todos os dias querendo se superar e se surpreender.
O que se sucede é que os criativos não dispõem, muitas vezes, de tempo suficiente para conseguirem prestar atenção aos detalhes que fariam diferença no trabalho que estão envolvidos, e por isso que surge a necessidade dos criativos para além de assumirem exclusivamente o papel de criador deveriam olhar para si também como profissionais com obrigações e deveres que transcende a sua necessidade de satisfação pessoal. Com isso não advogo que se deva matar a obra do criativo, mas sim buscar cultivar a disciplina de escutar, observar, procurar e analisar aspectos como tempo, evitando distrações no momento que se precisa criar.
Ser objectivo é algo que sempre foi associado a frio, pois há decisões que precisam ser tomadas de modo a se alcançar uma meta e a melhor forma de se conseguir traçar e alcançar uma meta é através da criação de sistema de trabalho que começa no modo do criativo olhar para si primeiro com confidência e com o senso de responsabilidade. Contudo, a reclamação ou o envolvimento com o trabalho não melhora simplesmente porque a gente tem o desejo e sim através do comprometimento com a realidade com a qual nos deparamos através de decisões que impelem a acção que vai resultar numa transformação pessoal e consecutivamente profissional.
Crédito da imagem: Ventura Mulalene
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