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Artistas, apesar de serem bons no que fazem, não impactam quando estão no palco - James Macamo

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James Macamo, é músico, compositor e professor de música (canto, percussão corporal e teclado) natural da Província de Gaza e estabelecido em Maputo. É, igualmente, estudante finalista do curso de Licenciatura em Música, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane.

Depois do ensino médio, decidiu profissionalizar sua paixão, resultante das influências locais, familiares e, principalmente, da igreja, onde fez parte do grupo coral, durante muitos anos. Chegado à capital moçambicana, em 2016, entrou para a Academia de Música Crossroads, onde aprendeu Jazz.

Fez seu primeiro concerto no Gil Vicente. E, de lá para cá, teve participações em grandes festivais de música nacionais, com destaque para o Festival Azgo e Sons da Cidade; concertos individuais e muitos temas lançados, além de distinções na música.

Após ter entendido sobre sua identidade cultural, James Macamo começou a fazer composições em línguas locais e descreve-se como um “músico moçambicano que valoriza a música tradicional” e continuou “minha melhor expressão e fidelidade aos meus sentimentos e visões sempre será na minha língua materna.

De várias músicas, James Macamo ganhou destaque com “Kahlula ufika”, som com vários elementos tradicionais africanos e muita poesia, que traduzido o título para português quer dizer “chega logo”. Sem esquecer de outras composições como “Ntsumi ya mina” (meu anjo), sua primeira música composta a partir da guitarra, e “Wena U Xiluva”, Tu és uma flor, dito em língua portuguesa.

Não só compõe suas próprias músicas, mas também as de outros artistas, como é o caso de “Alirhandzu” de Djololo, com participação especial de Lalah Mahigo.

Sua participação no concurso Fama Show, deu-lhe experiência em performances e em como ensaiá-las, integrando elementos do teatro e dança, razão pela qual, nos seus concertos investe nesta linhagem e explica que “muitos artistas, apesar de serem bons no que fazem, não impactam quando estão no palco, isto porque investem mais na técnica e esquecem da performance”.

A paixão que James Macamo tem pelas línguas africanas e nacionais, desafiou-o a escrever, agora, em outras línguas locais, além do Changana, nomeadamente Cinyanja, Shimakonde e Ronga.

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