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Capulanas nas artes plásticas como factor identitário - Mateus Sithole

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Através da arte urbana, especificamente o grafite e pintura de murais, vários artistas moçambicanos têm expressado suas emoções. Num universo de tantos, destacamos Mateus Sithole, natural de Chimoio e estabelecido em Maputo, com 16 anos de experiência em artes plásticas. 

Em 2008, chegado à capital moçambicana, materializou as lições aprendidas na escola, relativamente ao desenho. Entrou para o Núcleo de Artes em Maputo, uma porta para expor suas obras pela primeira vez. Sua primeira pintura de mural foi numa instância turística, na Ponta de Ouro e, mesmo sem muita prática, os resultados finais surpreenderam-lhe.

Começou pela pintura de murais e, mais tarde, durante a pandemia da Covid-19 em 2020, interessou-se, também, pela técnica de colagem de capulana e pintura”, fazendo ilustração do realismo nas suas obras, sejam murais ou telas.

O uso da capulana nos seus trabalhos, segundo contou-nos, representa e enaltece a cultura moçambicana e demonstra sua sensibilidade, enquanto artista, às matérias estritamente ligadas à nossa identidade.

Mateus Sithole é responsável pelo maior mural urbano da Biodiversidade de Moçambique, exposto na Zona do Aeroporto de Mavalane – Maputo. Sithole tem murais de cunho social, no Mercado Peixe de Maputo, Hospital Central de Maputo e todos os hospitais provinciais do país.

Africanidade e Negritude são temas que lhe movem desde o início porque “noto que consideram os africanos muito vulneráveis e incompletos. Nisto, busco, principalmente, a valorização das mulheres negras nas minhas obras, realçando a beleza que as caracteriza”, contou o artista.

Considera exigente a técnica realística, na qual se dedica nos últimos anos, por ter o objectivo de trazer aos apreciadores da arte um impacto directo.  É necessário que a imagem, tratando-se, por exemplo, de uma figura pública, seja real e clara, sem nenhuma distorção.

Avaliando o ambiente da arte urbana, do início até os dias actuais confessou que “há uma evolução. Temos mais murais hoje, sem esquecer da emergência de novos artistas” e espera que “exista uma colaboração entre os artistas plásticos, designers e arquitectos, pois é um trabalho que, muitas vezes, depende um do outro”, finalizou.

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1 Comentários

  1. Um forte abraço,muito obrigado pelo o texto bem elaborada.parabens,e continuem a vender a imagem do artista Moçambicana.🙏🏾❤️

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