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Sara Carneiro promove diálogos artísticos sobre o impacto do colonialismo europeu

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Nascida em Viseu, Portugal, em 1994, Sara Carneiro é uma artista visual residente na Matola, em Moçambique. E desde a sua chegada ao país que se dedica a questionamentos e reflexões sobre identidade, narrativas históricas e o impacto do colonialismo europeu, através da sua expressão artística que desconhece limites, intercalando-se entre vídeo, fotografia e escultura.

É licenciada em Multimédia pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (Portugal). Sara não apenas cria arte, mas também partilha, desde 2016, seu conhecimento como docente de Multimédia na Faculdade de Artes do Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), em Moçambique.

Sua obra, permeada por uma reflexão profunda sobre as questões de poder enraizadas no colonialismo europeu, ganhou reconhecimento internacional. Em 2020 e 2021, seu filme "Capítulo Um: A Chegada" foi destaque em festivais ao redor do mundo, incluindo o Festival Africano de Vídeo Arte Boda Boda Lounge, Proyector – Plataforma de Vídeo-arte em Madrid, Espanha, e no Kugoma - Fórum de Cinema Moçambique.

Além de suas conquistas em festivais, Sara Carneira conta com um histórico de participação de exposições colectivas e individuais em vários centros culturais nacionais, além das exposições em Portugal. Foi convidada pela Fundação Fernando Leite Couto para criar uma obra de vídeo-arte em homenagem à vida e obra do seu patrono Fernando Leite Couto, denominado "feições para um retrato” . Um desafio que conforme contou "permitiu experimentar, sair da minha zona de conforto e mergulhar no mundo da poesia e do olhar deslumbrado de Fernando".

 A artista se preocupa em promover um diálogo artístico que transcende fronteiras geográficas e culturais.

Através da sua forma de abordagem única, cria imagens abstratas e atmosféricas e explora relações simbólicas entre materiais que lhe permitem, principalmente, tratar temas complexos relacionados à história, identidade e poder.

"Sangue do Meu Sangue", uma das suas exposições individuais que combina escultura, fotografia e vídeo, inaugurada aquando do Festival Gala-Gala 2023 ( programa multidisciplinar anual, realizado pelo colectivo dos centros culturais da cidade de Maputo), é resultado de seu percurso enquanto artista interessada em trazer à reflexão aspectos despercebidos sobre o passado e o presente.

Acredita que o racismo é uma responsabilidade individual. Agora em Moçambique, seu interesse é a desconstrução de todas estruturas e pensamentos enraizados pelos impactos do colonialismo português.

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