
Bertina Lopes foi uma artista multifacetada e com um olhar peculiar sobre o fazer a arte. Este é um ensaio que busca explorar a perspectiva criativa da pintora que tanto contribuiu no cenário Nacional.
Firme da sua diferença como factor determinante para uma perspectiva peculiar que nasce do seu meio, sua experiência e seu estágio mental, Bertina Lopes acreditava que um artista se constrói e se destrói simultaneamente na tentativa de se encontrar. Para ela, o poder criativo dos artistas não pode ser percebida como algo estático.
A arte, como advoga Kandinsky, é a mãe e filha do seu tempo. Assim se via Bertina Lopes, tendo afirmado na entrevista concedida a Revista Tempo que “um artista deve experimentar tudo para procurar o seu caminho”, o que significa que nessa busca há possibilidade de sair da sua zona de conforto navegando em áreas que inevitavelmente transformam o seu poder criativo, assim como a ressonância que a acompanha, onde jamais será reproduzida algo similar do passado e que não se pode intencionar isso, tendo reforçado a ideia ao dizer que “as pessoas evoluem, o que eu sou hoje não é igual ao que fui ontem. (...), Eu já não sou e continuo a ser".
Entretanto, como artistas é importante estar em constante exploração das habilidades em novos campos com vista a expandir o seu repertório, como também enriquecer as experiências exercitando os sentidos.
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